O câncer de próstata é uma das doenças mais prevalentes entre os homens acima de 50 anos e, quando diagnosticado precocemente, apresenta altas taxas de sucesso no tratamento.
No entanto, se não for tratada a tempo, a doença pode evoluir e se espalhar para outras partes do corpo, um processo conhecido como metástase.
Em geral, esse tipo de câncer não costuma apresentar sinais tão evidentes em seus estágios iniciais, mas saber reconhecer os sintomas da metástase do câncer de próstata é fundamental para buscar atendimento médico imediato e melhorar as chances de controle da doença.
Neste artigo, você entenderá quais são os sintomas da metástase, como o câncer se espalha pelo organismo e quais medidas podem ajudar a prevenir essa progressão.
Câncer de próstata: sintomas da metástase
O câncer de próstata é uma preocupação significativa de saúde para homens com mais de 50 anos. Acontece quando as células dessa glândula do organismo masculino tornam-se anormais e crescem fora de controle.
Geralmente, é mais diagnosticado em homens acima de 65 anos, com 60% dos casos nessa faixa etária. É importante saber que é mais prevalente em homens afro-americanos e aqueles com histórico familiar.
De acordo com estatísticas do Cancer American Society (EUA), a doença afeta cerca de 1 em cada 8 homens durante a vida, tornando-o um dos tumores mais comuns.
No Brasil, é o tipo de câncer mais prevalente entre homens, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma.
Durante uma campanha do Novembro Azul, o Inca (Instituto Nacional do Câncer) divulgou que 1 homem morre a cada 38 minutos com essa doença no país.
Dados do Prostate Cancer Foundation revelam que a taxa de incidência da doença tem aumentado, com projeções sugerindo um aumento de 1,4 milhão de casos em 2020 para 2,9 milhões até 2040 globalmente, principalmente em países de baixa e média renda.
Por isso, a detecção precoce é imprescindível, pois pode melhorar muito os resultados dos tratamentos.
Câncer de próstata metástase: sintomas
Em estágios iniciais, o câncer de próstata geralmente não apresenta sintomas, mas alguns homens podem notar micção frequente, fluxo urinário fraco ou sangue na urina ou no sêmen.
Porém, quando os sintomas começam a surgir, em 95% dos casos a doença já está avançada, tendo se espalhado para outras partes do corpo. O câncer de próstata com metástase óssea representa 90% dos casos metastáticos.
Os sintomas são:
- No câncer de próstata com metástase óssea, os sintomas são dor óssea persistente e profunda, que não melhora com o repouso. Afeta principalmente as costas, quadris, costelas e pernas;
- Inchaço ou dormência na coluna;
- Compressão da medula espinhal, podendo levar à perda de mobilidade e dificuldades de movimentação, dormências, fraqueza ou confusão mental;
- Fragilidade óssea, que aumenta o risco de fratura.
Outros sintomas de metástase são:
- Problema urinários mais graves: dificuldade extrema para urinar, sangue na urina (hematúria) e retenção urinária, podendo levar à necessidade de sonda vesical;
- Falta de ar, tosse crônica dor torácica, caso a doença tenha se espalhado para o pulmão;
- Perda de peso sem causa aparente;
- Fadiga;
- Mal-estar geral;
- Sintomas neurológicos.
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Tipos de tumores e agressividade
O tipo predominante é o adenocarcinoma, responsável por mais de 95% dos casos, originando-se em células glandulares, que revestem as paredes da próstata. Variam em 2 tipos: adenocarcinoma acinar e adenocarcinoma ductal.
Os tipos raros incluem carcinoma de pequenas células (0,55% a 2% dos casos), carcinoma de células transicionais (1% a 5%) e sarcomas, que são mais agressivos e mais difíceis de diagnosticar.
Esses tipos mais raros costumam se espalhar para outras partes do corpo com mais facilidade do que o adenocarcinoma. Além disso, por serem mais agressivos, exigem tratamento mais intenso.
Agressividade do câncer
A agressividade do tumor é avaliada usando a pontuação de Gleason, variando de 2 a 10, com base na aparência das células cancerígenas anormais sob um microscópio.
As pontuações de 2 a 6 indicam tumores menos agressivos e de crescimento lento; 7 é intermediário; e 8 a 10 são altamente agressivos, com probabilidade de se espalhar.
Como diagnosticar o câncer de próstata com sintomas de metástase?
Todos os homens devem iniciar os exames de triagem para o câncer de próstata a partir dos 50 anos, porém, aqueles que estão em grupos de risco, devem iniciar na faixa dos 40/45 anos.
O diagnóstico começa com o teste de antígeno prostático específico (PSA), um exame de sangue que mede os níveis de PSA e o exame retal digital.
O toque retal geralmente é realizado pelo urologista em seu próprio consultório, para sentir a próstata em busca de anormalidades.
Se o PSA estiver alto e o urologista perceber qualquer alteração na glândula durante o exame digital, pode pedir um exame de imagem, como uma ressonância magnética ou ultrassonografia transretal.
Se os resultados sugerirem um câncer, uma biópsia será realizada, envolvendo a remoção de pequenas amostras de tecido da próstata para exame microscópico.
O médico também poderia solicitar testes adicionais, como cintilografia óssea.
Tratamento do câncer de próstata
Existem várias abordagens para o tratamento do câncer de próstata, como cirurgia, radioterapia, terapia hormonal ou uma combinação desses métodos, dependendo do estágio e da agressividade do câncer.
A radioterapia e a cirurgia robótica são bastante indicadas para o estágio inicial, quando o câncer ainda está localizado na próstata e não avançou para outras áreas do corpo. Porém, quando há metástases o tratamento deve ser diferente.
Nestes casos, o mais indicado é evitar que a condição piore e promover alívio da dor.
O tratamento pode envolver quimioterapia, terapia hormonal, radioterapia, terapia com anticorpos monoclonais ou até mesmo a cirurgia, a depender do caso e do local para onde o câncer se espalhou.
Quais são as chances de cura de um câncer de próstata metastático?
A doença é classificada em estágios: localizado, regional e distante. E as chances de cura dependem do estágio do câncer no diagnóstico.
O câncer localizado, confinado à próstata, tem uma taxa de sobrevivência relativa de 5 anos de quase 100%, o que significa que homens com esse estágio têm a mesma probabilidade de viver 5 anos que aqueles sem câncer.
Já o câncer regional, disseminado para tecidos próximos, também tem altas taxas de sobrevivência. O câncer distante, como metástases ósseas, tem uma taxa de sobrevivência de 5 anos de 28%-32%.
Como já mencionado, o diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de cura. Portanto, as consultas regulares ao urologista após os 40 anos, são fundamentais.
Consulte-se com o Dr. José Vetorazzo
Compreender os sintomas do câncer de próstata com metástase, é muito importante para que homens com mais de 50 anos procurem orientação médica oportuna.
O rastreio regular com testes de PSA e toque retal, combinado com a consciência dos sintomas precoces e metastáticos, pode levar à detecção precoce e a melhores resultados.
Consulte o seu médico se sentir algum sintoma preocupante para discutir opções de triagem e tratamento.
E se você necessita de um urologista que transmita confiança, tenha expertise e experiência, marque uma consulta com o Dr. José Vetorazzo.
O Dr. José Vetorazzo é um urologista especializado em São Paulo, reconhecido por sua formação internacional e expertise no tratamento do câncer de próstata, oferecendo atendimento humanizado.
Formação Acadêmica e especializações
- Graduação: Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo;
- Residência Médica: Cirurgia Geral e Urologia pela Santa Casa de São Paulo;
- Fellowship: Uro-Oncologia e Cirurgia Minimamente Invasiva no Hospital Clínic da Universidade de Barcelona, Espanha;
- Certificação: Cirurgia Robótica pelo Intuitive Surgical – Da Vinci Surgical System.
Áreas de Atuação
- Urologia Geral: tratamento de condições como hiperplasia prostática benigna (HPB) e cálculos renais.
- Uro-Oncologia: abordagem clínica e cirúrgica de cânceres urológicos, incluindo próstata, rim e bexiga.
- Cirurgia robótica: especialista em procedimentos minimamente invasivos utilizando tecnologia robótica, proporcionando benefícios como menor tempo de recuperação e precisão cirúrgica.
