O câncer no rim se desenvolve a partir do crescimento descontrolado de células neste órgão e que vão dar origem a um tumor.
Quem está com essa condição pode perceber dor na região lombar, presença de sangue na urina e até pressão alta. Porém, nas fases iniciais, a doença costuma ser assintomática.
Neste texto, vamos explorar as causas, os principais sintomas, como diagnosticar e as opções de tratamento para o câncer renal.
O que causa o câncer nos rins?
Primordialmente é importante saber que os rins são essenciais para filtrar o sangue, remover resíduos e produzir urina. Nestes órgãos, assim como em outras várias partes do corpo, pode acontecer o surgimento de tumores benignos ou malignos.
Se forem malignos, é configurado o câncer renal, que ocorre quando as células renais crescem de forma anormal, como já mencionado.
Em pacientes adultos, o carcinoma de células renais é a forma predominante de neoplasia renal, constituindo mais de 80% dos casos. Esse tipo de câncer, geralmente, se manifesta unilateralmente, mas pode ocorrer nos dois rins.
Outras variantes com menor frequência são o câncer de células transicionais e o sarcoma renal.
Embora as causas exatas do câncer nos rins ainda não sejam totalmente conhecidas, alguns fatores de risco aumentam as chances de desenvolver a doença:
- Tabagismo: fumar aumenta o risco de câncer no rim;
- Obesidade: excesso de peso está associado a um risco maior;
- Hipertensão: pressão alta crônica também é um fator de risco;
- Histórico familiar: parentes próximos com câncer renal aumentam a predisposição;
- Condições genéticas: algumas condições hereditárias favorecem o surgimento do câncer;
- Diálise prolongada: pacientes em diálise de longa duração têm um risco aumentado.
Além disso, homens têm duas vezes mais chances de desenvolver câncer renal do que mulheres, e a doença é mais comum após os 60 anos.
Câncer no rim: sintomas principais
Nos estágios iniciais, o câncer de rim pode ser assintomático. Em muitos casos, a doença é descoberta quando o paciente vai realizar algum exame de imagem para investigar outros desconfortos.
Em geral, entre 60% a 70% dos casos de cânceres renais são descobertos nos exames para diagnosticar outros problemas, que podem até não ter relação com problemas urológicos.
Mas, à medida que a doença progride, os sintomas de câncer no rim mais comuns incluem:
- Sangue na urina (hematúria): urina avermelhada, rosa ou marrom pode indicar câncer;
- Dor na região lombar: dor persistente nos flancos ou região abdominal;
- Inchaço ou massa palpável: em alguns casos, um inchaço abdominal pode ser sentido;
- Perda de peso sem causa aparente: a doença pode causar emagrecimento inexplicável;
- Fadiga e fraqueza: cansaço constante pode ocorrer devido ao metabolismo alterado;
- Pressão arterial elevada (hipertensão): o câncer pode interferir na função renal, aumentando a pressão arterial;
- Febre recorrente: em estágios mais avançados, pode surgir febre com suores noturnos.
Diagnóstico do câncer de rim
Geralmente, o câncer no rim tem cura quando detectado em estágios iniciais.
O diagnóstico costuma ser feito com exames de imagem, muitas vezes solicitados para investigar outra condição de saúde, como dissemos acima.
Os exames comuns incluem:
- Exame físico: avaliação de massas ou inchaços no abdômen;
- Tomografia computadorizada (TC) com contraste e ressonância magnética (RM): exames que ajudam a visualizar o tumor;
- Ultrassonografia abdominal: detecta anomalias nos rins;
- Biópsia: a retirada de pequenos fragmentos de tecido do rim pode confirmar o diagnóstico e determinar o tipo de câncer renal.
Com os exames, o médico terá alguns parâmetros para saber se o tumor é benigno ou maligno, entre esses critérios estão: tamanho do tumor, alterações de contraste nos exames, irregularidade na superfície ou se invadiu outras estruturas.
Deste modo, detectar a neoplasia nos estágios iniciais é essencial, pois aumenta as chances de cura, porque o câncer no rim com metástase, ou seja, avançado, reduz as chances de sucesso.
Tratamento para o câncer de rim
Os médicos realizam uma cirurgia (nefrectomia parcial) para retirar a massa e preservar o restante do rim quando os exames não são conclusivos e o tumor mede até 4 cm, para preservação do restante do rim.
Logo depois, o tumor retirado segue para análise e o resultado anatomo patológico orienta novos passos do tratamento se necessário.
Nestes casos, será retirado apenas o tumor, preservando o restante do rim que está saudável.
Quando há certeza do câncer, o tratamento é personalizado, levando em conta o estágio da doença, a saúde geral do paciente e o tipo específico de tumor.
As opções de tratamento incluem:
- Cirurgia: nefrectomia parcial (remoção somente do tumor) ou radical (remoção de todo o rim afetado);
- Terapia direcionada: medicamentos que bloqueiam o crescimento das células cancerígenas;
- Imunoterapia: tratamento que estimula o sistema imunológico a combater o câncer, incluindo a terapia de checkpoint imunológico, que permite ao corpo identificar e atacar as células tumorais;
- Radioterapia: utilizada em casos específicos para controle de sintomas.
É possível prevenir o câncer de rim?
Não há como prevenir totalmente o câncer renal, mas algumas atitudes podem reduzir o risco, como evitar fumar, manter um peso saudável, seguir uma dieta equilibrada e praticar exercícios regularmente.
No entanto, a detecção precoce pode salvar a vida do paciente, portanto, os homens devem estar atentos aos sintomas como dor nos flancos, sangue na urina e hipertensão.
Em conclusão, consultar um urologista para avaliar a saúde dos rins e realizar exames de rotina pode fazer a diferença no diagnóstico precoce e aumentar as chances de um tratamento bem-sucedido.
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O Dr. José Vetorazzo é um urologista especializado em São Paulo, reconhecido por sua formação internacional e expertise em cirurgias robóticas.
Para a maioria dos pacientes com tumor no rim, ele oferece a possibilidade da nefrectomia parcial robótica, que tem melhores resultados até mesmo em situações mais complexas.
Formação acadêmica e especializações:
- Graduação: Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo;
- Residência Médica: Cirurgia Geral e Urologia pela Santa Casa de São Paulo;
- Fellowship: Uro-Oncologia e Cirurgia Minimamente Invasiva no Hospital Clínic da Universidade de Barcelona, Espanha;
- Certificação: Cirurgia Robótica pelo Intuitive Surgical – Da Vinci Surgical System.
Áreas de Atuação:
- Urologia Geral: tratamento de condições como hiperplasia prostática benigna (HPB) e cálculos renais.
- Uro-Oncologia: abordagem clínica e cirúrgica de cânceres urológicos, incluindo próstata, rim e bexiga.
- Cirurgia robótica: especialista em procedimentos minimamente invasivos utilizando tecnologia robótica, proporcionando benefícios como menor tempo de recuperação e precisão cirúrgica.