O cloridrato de tansulosina é uma medicação amplamente utilizada no tratamento de condições associadas ao trato urinário inferior, especialmente em homens que sofrem com a hiperplasia prostática benigna (HPB).
Esta droga pertence à classe dos alfa-bloqueadores, que desempenham um papel fundamental em aliviar os sintomas da próstata aumentada (HBP), uma condição comum em homens acima dos 50 anos.
No entanto, ainda existem muitos homens que ficam receosos de tomar esse medicamento por medo dos efeitos colaterais e por desconhecerem os benefícios da medicação.
Neste texto, entenda mais sobre para que serve cloridrato de tansulosina, sintomas dos problemas urinários que levam a essa prescrição, vantagens e possíveis efeitos colaterais, entre outros cuidados.
Saiba mais neste vídeo:
Cloridrato de tansulosina: para que serve?
Essa medicação é a primeira linha de tratamento para pacientes com próstata aumentada, que causa sintomas como:
- Jato de urina mais fraco;
- Dificuldade para esvaziar a bexiga;
- Urgência urinária;
- Necessidade de urinar frequentemente durante a noite (noctúria) e de dia, entre outros.
A principal função do cloridrato de tansulosina é relaxar os músculos da próstata e da bexiga.
Os médicos costumam prescrever esse medicamento quando um homem apresenta sintomas moderados a graves de obstrução urinária e desconforto, visando melhorar a qualidade de vida do paciente.
Dessa forma, a medicação facilita o fluxo urinário, provocando alívio para o armazenamento de urina e esvaziamento da bexiga.
Geralmente, a dose usual cloridrato de tansulosina é de 0,4 mg, tomada uma vez ao dia, o que ajuda a manter um alívio consistente dos sintomas.
Outro medicamento que é utilizado para a mesma função é a doxazosina, por isso, se o paciente já está usando uma delas, não terá resultado diferente se trocar de uma para a outra.
Uma motivação para fazer a troca das medicações é se o urologista quiser melhorar os efeitos colaterais de cada medicamento para o paciente.
Outra indicação do cloridrato de tansulosina
Essa medicação também pode ser utilizada para tratamento não cirúrgico da cólica renal. Funciona assim:
- Pessoas que enfrentam a obstrução do fluxo urinário devido a cálculos renais podem se beneficiar com o relaxamento da musculatura da bexiga e do trato urinário inferior proporcionado pelo medicamento.
Essa ação facilita a eliminação natural das pedras, evitando a necessidade de intervenção cirúrgica em muitos casos.
Mas é muito importante ressaltar que essa medicação só deve ser usada após prescrição do urologista.
O que esperar do cloridrato de tansulosina?
Após três a cinco dias de uso da medicação, é possível notar melhora de 30% a 40% nos sintomas, segundo dados de questionários utilizados pelos urologistas, como o IPSS (Escore Internacional de Sintomas Prostáticos).
Entre os efeitos do remédio:
- O jato de urina também pode ficar 20% a 30% mais forte;
- Facilita a micção de forma geral;
- Diminui a vontade de ir ao banheiro toda hora e necessidade de acordar à noite para urinar, ou seja, permite mais controle da urina.
Dessa forma, além de melhorar a função miccional também ajuda o homem a melhorar a qualidade do sono.
Mas muitos pacientes podem se perguntar: “Mas, por quanto tempo posso tomar cloridrato de tansulosina?” Geralmente, a medicação é recomendada como parte de um tratamento de longo prazo.
Em média, os benefícios duram cerca de quatro anos, após os quais os sintomas podem voltar a progredir e outros tratamentos serão necessários, como a cirurgia.
Por isso, outro ponto importante para ressaltar é que, embora o cloridrato de tansulosina seja eficaz no alívio dos sintomas, ele não cura a HPB.
Isso significa que esse medicamento age na próstata, relaxando o canal da urina para melhorar o fluxo e a força do jato urinário, mas não diminui o tamanho da glândula.
Por isso, os pacientes devem se consultar regularmente com seu médico urologista para avaliar os resultados do tratamento.
Cloridrato de tansulosina: efeitos colaterais
Como já mencionado, como toda medicação, o cloridrato de tansulosina pode ter reações adversas. Mas vale reforçar que nem todas as pessoas que ingerem o medicamento vão sofrer com os efeitos colaterais, que podem ser:
- Hipotensão: queda de pressão, tontura, mal-estar e, em casos raros, desmaios, com incidência de 4% a 5%;
- Interferência na ejaculação: a tansulosina pode reduzir o volume do sêmen, podendo até não haver ejaculação líquida;
- Efeitos na pressão e ejaculação:
- A doxazosina pode causar mais hipotensão, mas menos interferência na ejaculação;
- A tansulosina interfere menos na pressão, porém, mais na ejaculação, assim provoca alterações na função ejaculatória.
Dessa forma, é muito importante que o urologista converse com o paciente sobre a possibilidades de efeitos colaterais desse medicamento e o que é tolerável para ele.
Outro ponto importante é que o cloridrato de tansulosina não interfere na libido ou nas ereções. No entanto, muitos pacientes, junto com o problema prostático, podem ter outros problemas de saúde, que já provoquem algum grau de disfunção erétil.
Contraindicações para o uso cloridrato de tansulosina
O cloridrato de tansulosina não é indicado para todos os casos. Os seguintes grupos são geralmente orientados a não usar tansulosina:
- Pessoas com insuficiência hepática grave;
- Aqueles com hipotensão ortostática;
- Pessoas alérgicas à tansulosina ou a qualquer componente da fórmula;
- Indivíduos em tratamento com cetoconazol ou medicamentos similares, como silodosina, alfuzosina, doxazosina, terazosina ou prazosina;
- Indivíduos menores de 18 anos.
Cloridrato de tansulosina associado a outras abordagens terapêuticas
O cloridrato de tansulosina deve ser ingerido conforme a frequência orientada pelo médico, nos horários combinados e seguindo outras orientações do urologista.
Além da medicação, mudanças no estilo de vida também são importantes para gerenciar os sintomas da HBP.
Medidas como reduzir a ingestão de líquidos antes de dormir, evitar cafeína e álcool, e praticar exercícios regularmente podem complementar o tratamento medicamentoso.
Outro ponto fundamental é que os homens acima de 45-50 anos devem ter uma regularidade nas consultas e exames médicos para avaliação da saúde da próstata.
Entre os exames essenciais estão o toque retal e o PSA, que avalia a quantidade de antígeno específico no sangue.
Ambos permitem que os urologistas avaliem se o paciente está correndo risco do desenvolvimento de uma condição muito perigosa, que é o câncer de próstata.
É importante também que os homens comecem a refletir sobre as outras possibilidades de tratamento da próstata aumentada, após passados os 4 anos de prazo de eficiência do uso das medicações.
Atualmente, os médicos utilizam diversas abordagens para tratar a HPB, como as cirurgias a laser, a técnica Rezum e até a cirurgia robótica, indicada para casos mais complexos.
Entenda mais sobre cloridrato de tansulosina: consulte-se com o Dr.Vetorazzo
Em suma, o cloridrato de tansulosina é uma escolha eficaz para a gestão dos sintomas de hiperplasia prostática benigna, ajudando muitos homens a manterem uma melhor qualidade de vida.
Contudo, é sempre essencial o acompanhamento médico para um tratamento seguro e ajustado às necessidades de cada indivíduo.
Por isso, é importante buscar um urologista que inspire confiança e tenha experiência no tratamento da próstata aumentada, bem como outros problemas no trato urinário, como o Dr. José Vetorazzo.
Ele é um médico urologista com formação internacional, com mais de 10 anos de experiência nos tratamentos do trato urinário.
Consequentemente, entre as suas especialidades estão as abordagens clínicas, procedimentos e cirurgias para tratamento das condições urológicas.
Tendo realizado milhares de atendimentos médicos, já obteve sucesso total em seus tratamentos, conquistando a satisfação total de seus pacientes.
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