Você sabe quando o PSA é preocupante? Geralmente, quando o exame aponta um valor mais alto do que 4 ng/dl, é indicado que seja realizada uma investigação mais aprofundada, porém, isso vai depender de diversos outros fatores.
No entanto, vale saber que a dosagem do PSA (Antígeno Prostático Específico) é um dos exames mais solicitados pelos urologistas para avaliar a saúde da próstata.
Saber interpretar os valores deste teste é essencial para identificar possíveis alterações na próstata, incluindo doenças benignas e malignas.
Neste artigo, explicamos detalhadamente quando o resultado do PSA exige atenção e quais são os próximos passos a serem seguidos.
Quais são os valores normais de PSA?
O PSA é uma proteína produzida pela próstata e liberada no sangue em pequenas quantidades. É fundamental para a função reprodutiva masculina, pois contribui para a liquefação do sêmen.
Os valores de PSA considerados normais podem variar de acordo com a idade e outros fatores individuais. De maneira geral, os valores de referência são:
Porém, outros fatores devem ser considerados na análise do resultado, como o PSA livre e a velocidade de variação do PSA ao longo do tempo.
A proporção entre PSA livre e PSA total desempenha um papel essencial na distinção entre câncer de próstata e condições benignas da glândula.
Dessa forma, a medição do PSA total permite avaliar a presença dessa proteína na corrente sanguínea masculina, já que ela pode estar circulando tanto de forma isolada (livre) quanto ligada a outras moléculas.
Veja a diferença entre os dois tipos:
- PSA Total: corresponde ao nível total de PSA detectado no sangue, incluindo tanto a fração livre quanto a que está ligada a proteínas;
- PSA Livre: representa a porção do PSA que circula sem estar conectada a outras substâncias no organismo.
Saiba mais sobre o tema no texto PSA livre e total ou no vídeo abaixo:
Quando o resultado do PSA é preocupante?
O médico solicita o exame de PSA para rastrear e monitorar o risco de câncer de próstata.
Essa ainda é a investigação mais importante para diagnosticar precocemente essa doença. Portanto, os urologistas começam a solicitar o teste para os pacientes que têm de 50 anos em diante.
No entanto, para homens que estão dentro dos fatores de risco, o exame pode ser solicitado a partir dos 40 anos. Isso significa ter pai ou irmãos com câncer de próstata, outros familiares com a mesma doença ou ser afro-descente).
Porém, um resultado de PSA elevado não significa, necessariamente, que o paciente tem câncer de próstata. No entanto, alguns cenários exigem investigação mais aprofundada:
- PSA acima de 4,0 ng/mL: nessa faixa, há necessidade de acompanhamento para avaliar se o valor se mantém estável ou se continua aumentando ao longo do tempo;
- PSA acima de 10 ng/mL: valores acima desse limite são considerados de alto risco e precisam ser investigados com exames complementares;
- Quando o PSA livre é preocupante? O PSA total pode ser dividido em PSA livre e PSA ligado. Se a relação entre PSA livre/total for inferior a 10%, há maior risco de câncer;
- Variação rápida do PSA: se os níveis de PSA aumentam mais de 0,75 ng/mL por ano, isso pode indicar uma condição preocupante.
Quando a relação PSA livre/PSA total for menor que 10%, há um risco de 56% de câncer de próstata, porém, se essa relação for maior que 25%, o risco cai para apenas 8%.
Fatores que podem aumentar os níveis do PSA
Alguns fatores podem aumentar o risco do PSA temporariamente, portanto, é indicado que algumas práticas sejam evitadas antes da realização do exame, como:
- Procedimentos urológicos (cistoscopia ou biópsia, por exemplo) podem elevar os níveis do PSA por até 2 meses;
- Fazer exercícios vigorosos antes do exame, inclusive, andar de bicicleta;
- Ingestão de certos medicamentos: hormônios masculinos, como a testosterona, podem fazer o PSA aumentar;
- Ejaculação também aumenta os níveis do PSA, portanto, é importante evitar as relações sexuais por 48 horas antes do exame.
Quais problemas o exame de PSA pode indicar?
O exame de PSA não é um diagnóstico definitivo de câncer de próstata, mas um importante indicativo de alterações na glândula.
Os principais problemas associados a níveis elevados de PSA são:
- Hiperplasia prostática benigna (HPB): o crescimento benigno da próstata, comum em homens acima de 50 anos, pode elevar o PSA;
- Prostatite: inflamação na próstata, que pode ser causada por infecções bacterianas e também aumentar os níveis de PSA;
- Câncer de próstata: um PSA elevado pode ser um sinal de câncer prostático, especialmente quando os valores estão muito acima do normal.
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O que fazer quando o resultado do PSA é preocupante?
Se o exame indicar um nível elevado de PSA, o urologista pode recomendar:
- Repetição do exame em 6 ou 8 semanas: para confirmar se os níveis de PSA estão realmente elevados ou se houve alguma interferência temporária (como infecções ou atividade sexual recente);
- Toque retal: exame físico para avaliar o tamanho, forma e consistência da próstata;
- Ressonância magnética multiparamétrica: um exame de imagem que ajuda a identificar anormalidades na próstata;
- Biópsia prostática: quando há suspeita de câncer, é realizada a coleta de amostras da próstata para análise laboratorial.
Porém, vale ressaltar que a biópsia não será solicitada para qualquer caso, porque esse exame não está livre de complicações posteriores.
Por isso, analisar a relação entre o PSA livre e total é muito importante. Essa medida ajuda a evitar a realização de biópsias desnecessárias, porque as elevações desses números podem ter outros fatores.
Para entender quando o PSA é preocupante, consulte-se com o Dr. José Vetorazzo
Saber quando o PSA é preocupante é essencial para garantir um diagnóstico precoce e um tratamento adequado das condições da próstata.
Queremos reforçar que valores elevados nem sempre indicam câncer, mas exigem avaliação criteriosa de um urologista para um acompanhamento adequado.
Portanto, homens acima dos 50 anos devem realizar o exame periodicamente e buscar orientação médica sempre que houver alterações nos valores do PSA.
Então, é muito importante conversar com seu médico sobre os resultados e manter os exames em dia para cuidar da saúde da próstata.
Se você busca um médico de confiança, com experiência no diagnóstico e tratamentos das condições da próstata, consulte-se com o Dr. José Vetorazzo.
Ele é um urologista com formação internacional, com ampla experiência nos tratamentos do trato urinário.
Com mais de 10 anos de experiência, o Dr. Vetorazzo já fez milhares de atendimentos relacionados à saúde urológica, oferecendo tratamento sempre individualizado e humanizado.
Formação acadêmica e especializações
- Graduação: Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo;
- Residência Médica: Cirurgia Geral e Urologia pela Santa Casa de São Paulo;
- Fellowship: Uro-Oncologia e Cirurgia Minimamente Invasiva no Hospital Clínic da Universidade de Barcelona, Espanha;
- Certificação: Cirurgia Robótica pelo Intuitive Surgical – Da Vinci Surgical System.
Áreas de Atuação
- Urologia Geral: tratamento de condições como hiperplasia prostática benigna (HPB) e cálculos renais.
- Uro-Oncologia: abordagem clínica e cirúrgica de cânceres urológicos, incluindo próstata, rim e bexiga.
- Cirurgia robótica: especialista em procedimentos minimamente invasivos utilizando tecnologia robótica, proporcionando benefícios como menor tempo de recuperação e precisão cirúrgica.
