A sua dúvida é se quem tem próstata aumentada pode ter relação sexual? Saiba que sim, muitos homens com essa condição podem fazer sexo.
No entanto, essa resposta não se resume a uma negativa ou afirmativa simples, pois esse problema pode afetar a função sexual de diferentes formas, dependendo do grau de crescimento da glândula e da presença de sintomas urinários.
Neste texto, entenda o que é essa condição, como a vida sexual pode ser afetada pela HPB e o que é necessário para tratá-la.
Como o aumento da próstata afeta a vida sexual?
A próstata é uma pequena glândula, do tamanho de uma noz ou castanha, localizada abaixo da bexiga e na frente do reto, envolvendo a uretra. É parte integrante do sistema reprodutor masculino.
Sua função primária é produzir fluido seminal, que enriquece e transporta o esperma durante a ejaculação pela uretra.
A HPB (hiperplasia prostática benigna), que é a nomenclatura correta da próstata aumentada, é uma progressão contínua e benigna da glândula, como o próprio nome da condição já sugere. Afeta especialmente homens com mais de 50 anos.
O aumento desta glândula pode pressionar o canal urinário, causando sintomas urinários desagradáveis. Assim:
Quem tem a próstata aumentada pode ter relação, porém, os sintomas, como micção frequente ou dificuldade para começar a urinar, podem levar à ansiedade ou constrangimento, o que pode reduzir o desejo sexual.
Além disso, quem está com essa condição pode começar o tratamento com a terapia medicamentosa, que inclui os alfa-bloqueadores ou inibidores da 5-alfa-redutase.
Esses remédios podem causar efeitos colaterais, como disfunção erétil ou redução da libido, afetando o desempenho sexual.
Por outro lado, alguns medicamentos para disfunção erétil, também podem melhorar os sintomas da HPB, criando uma interação complexa entre as condições.
Porém, nem todos os homens apresentam esses efeitos, e consultar um profissional de saúde pode ajudar a controlar os sintomas e manter uma vida sexual satisfatória.
Entenda como acontece a hiperplasia prostática benigna
A HPB torna-se uma condição comum à medida que os homens envelhecem.
Esse aumento ocorre devido a duas fases principais de crescimento: a primeira ocorre durante a puberdade e a segunda começa por volta dos 25 anos. Esse crescimento é contínuo ao longo da vida adulta.
Aos 60 anos, a prevalência histológica pode atingir 50-60%, aumentando para 80-90% em homens com mais de 70 anos, de acordo com a pesquisa atualizada em outubro de 2024, Hiperplasia Prostática Benigna – StatPearls – NCBI Bookshelf, publicada na National Library of Medicine.
À medida que a próstata cresce, pode levar à obstrução urinária e aos sintomas do trato urinário inferior.
Sintomas da HBP e seus impactos
Os sintomas comuns da HBP incluem:
Esses sintomas podem afetar significativamente a qualidade de vida, com estudos mostrando uma forte associação entre os sintomas do trato urinário e disfunção sexual, independentemente da idade, conforme observado na pesquisa Benign Prostatic Hyperplasia and Sexual Dysfunction, publicada na ScienceDirect .
Os problemas urinários podem levar a distúrbios do sono, ansiedade e constrangimento, o que pode reduzir indiretamente o desejo e o desempenho sexual.
Quem tem próstata aumentada pode ter relação, mas entenda os efeitos
Para entender melhor o impacto desta condição na vida sexual, embora a HPB em si não cause diretamente a disfunção sexual, é preciso compreender um pouco mais sobre os efeitos no organismo do homem:
- Efeitos físicos: a próstata aumentada pode interferir nos nervos e vasos sanguíneos envolvidos na obtenção e manutenção de uma ereção, potencialmente levando à disfunção erétil (DE). Pesquisas, como Managing Sexual Concerns if You Have BPH, publicada na publicada na WebMD, sugerem que quanto piores os sintomas de HPB, mais prováveis são os problemas sexuais, como redução da libido ou dificuldade em manter uma ereção;
- Efeitos psicológicos: os sintomas urinários podem causar ansiedade, depressão e redução da autoestima, impactando o desejo e a satisfação sexual. Por exemplo, os homens podem se sentir envergonhados com a micção frequente à noite, afetando sua confiança em situações íntimas;
- Efeitos colaterais do tratamento: medicamentos como alfa-bloqueadores ou inibidores da 5-alfa-redutase podem levar a efeitos colaterais como disfunção erétil, diminuição da libido ou alterações na ejaculação. Por outro lado, alguns tratamentos para impotência sexual, como Viagra ou Cialis, podem melhorar os sintomas da HBP, criando uma interação complexa.
Isso quer dizer que, apesar desses desafios, muitos homens com HPB podem manter relações sexuais satisfatórias com o gerenciamento apropriado.
Uma comunicação aberta com parceiros e urologistas de confiança é essencial para abordar essas preocupações e explorar as possíveis soluções.
Como é realizado o diagnóstico da próstata aumentada?
Para diagnosticar a próstata aumentada, os médicos geralmente realizam um exame físico, incluindo um exame retal digital, e podem usar exames como ultrassonografia transabdominal ou transretal e ressonância magnética.
Além disso, exames de urina, níveis de PSA ou urofluxometria também auxiliam na avaliação desses pacientes.
Saiba mais:
- Histórico médico e exame físico: inclui discussão dos sintomas e realização de exame retal digital para avaliar o tamanho e a textura da próstata;
- Urinálise: verifica se há infecção ou sangue na urina;
- Teste de Antígeno Prostático Específico (PSA): mede os níveis de PSA para descartar câncer de próstata, embora níveis elevados também possam ocorrer com HBP;
- Urofluxometria: mede a taxa de fluxo de urina para avaliar obstrução;
- Ultrassom com avaliação de resíduo pós-miccional: determina a quantidade de urina restante na bexiga após a micção, indicando esvaziamento incompleto;
- Exames de imagem: ultrassom ou ressonância magnética.
Quais são as opções de tratamento para HPB?
As opções de tratamento variam de mudanças no estilo de vida a medicamentos se os sintomas forem leves, como já mencionado acima.
Entre as mudanças necessárias em terapia comportamental, os homens devem reduzir a ingestão de líquidos à noite, evitar cafeína e álcool e praticar exercícios para o assoalho pélvico para controlar os sintomas.
Já quando é indicada a terapia medicamentosa, o tratamento pode variar entre ingestão de :
- Alfa-bloqueadores (por exemplo, medicamentos como tansulosina) para relaxar os músculos da próstata e do colo da bexiga, melhorando o fluxo de urina;
- Inibidores da 5-alfa-redutase (por exemplo, a finasterida e dutasterida) para diminuir o tamanho da próstata ao longo do tempo;
- Terapia combinada para casos mais graves.
Além disso, podem ser realizados procedimentos minimamente invasivos, que podem ser com laser, ou cirurgia robótica ou aberta, dependendo da gravidade do caso e do tamanho da próstata.
Cada opção pode ter impactos potenciais na função sexual, portanto, discutir isso com um profissional de saúde é crucial.
Rezum
Porém, a opção que menos interfere na questão sexual e ejaculação é o tratamento Rezum.
Trata-se de um tratamento minimamente invasivo que utiliza vapor de água para reduzir o tamanho da próstata e aliviar os sintomas.
Ao contrário de alguns tratamentos mais invasivos, o Rezum tem menor risco de afetar negativamente a função sexual masculina, não atingindo as ereções e com mínimo risco de interferência nas ejaculações.
Além disso, tem alta taxa de melhora e alta satisfação, com redução rápida dos sintomas em torno de 50%, uma melhora no fluxo urinário também em torno de 50%, ou seja, mais de 90% dos pacientes ficam satisfeitos.
Outro ponto importante é que tem efetividade a longo prazo.
Quem tem próstata aumentada pode ter relação? Pergunte ao dr. José Vetorazzo
Agora que você já sabe que quem tem próstata aumentada pode ter relação sexual, mas que a condição pode afetar a vida sexual do homem, é importante lembrar que já existem várias opções de tratamento.
Por isso, é fundamental que os homens com HPB discutam abertamente seus sintomas urinários e sexuais com seus médicos.
Dessa forma, quem está com a próstata aumentada e percebeu que sua vida sexual foi afetada deve consultar um urologista para um plano de tratamento personalizado e eficaz.
Dessa forma, se você está precisando de um médico que é especialista no tratamento das condições da próstata, procure o Dr. José Vetorazzo.
Ele é um médico urologista com formação internacional, com ampla experiência nos tratamentos do trato urinário, inclusive, em todas as condições relacionadas à próstata.
Com mais de 10 anos de experiência, o Dr. Vetorazzo já fez milhares de atendimentos relacionados à saúde urológica.
Além disso, é um profissional que está sempre atualizado em relação aos estudos e novas formas de tratamento para essas condições, sendo profissional credenciado em técnicas como o Rezum e a cirurgia robótica.
Formação acadêmica e especializações
- Graduação: Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo;
- Residência Médica: Cirurgia Geral e Urologia pela Santa Casa de São Paulo;
- Fellowship: Uro-Oncologia e Cirurgia Minimamente Invasiva no Hospital Clínic da Universidade de Barcelona, Espanha;
- Certificação: Cirurgia Robótica pelo Intuitive Surgical – Da Vinci Surgical System.
Áreas de Atuação
Cirurgia robótica: especialista em procedimentos minimamente invasivos utilizando tecnologia robótica, proporcionando benefícios como menor tempo de recuperação e precisão cirúrgica.
Urologia Geral: tratamento de condições como hiperplasia prostática benigna (HPB) e cálculos renais.
Uro-Oncologia: abordagem clínica e cirúrgica de cânceres urológicos, incluindo próstata, rim e bexiga.
