A radioterapia na próstata é indicada para câncer localizado, localmente avançado, recorrente ou, em alguns casos, metastático, mas a escolha depende do estágio e da saúde do paciente
Se você foi diagnosticado com câncer de próstata, provavelmente já ouviu falar sobre radioterapia na próstata como uma opção de tratamento.
A radioterapia representa uma das principais formas de tratar o câncer de próstata, especialmente nos estágios iniciais ou quando a cirurgia não é a melhor opção.
Essa modalidade terapêutica utiliza radiação ionizante para destruir as células tumorais e impedir seu crescimento. É um tratamento eficaz e seguro, amplamente indicado por urologistas e oncologistas em todo o mundo.
Neste texto, entenda o que é a radioterapia na próstata, quando essa abordagem é indicada, seus benefícios e os possíveis efeitos colaterais.
Também abordamos o que é o câncer de próstata e os riscos de não tratá-lo, ajudando você a tomar decisões informadas com seu médico
Como é a radioterapia na próstata?
O câncer de próstata é uma das doenças malignas mais comuns em homens. Para tratá-lo, a radioterapia é uma abordagem padrão, que utiliza raios de alta energia para destruir células cancerosas, sendo indicada para diversos estágios da doença.
Esse tratamento danifica permanentemente as células cancerígenas e impede o crescimento do tumor.
A radioterapia trata toda a área da próstata, porém, pode ser utilizada também em um raio de ação maior, por exemplo, nas vesículas seminais e linfonodos.
Os tipos principais são:
- Radioterapia externa: um aparelho (acelerador linear) emite raios direcionados à próstata, geralmente em sessões diárias por 4 a 8 semanas. Técnicas como a radioterapia de intensidade modulada e a radioterapia guiada por imagem aumentam a precisão, reduzindo danos a tecidos saudáveis, como os do intestino e da bexiga;
- Braquiterapia: pequenos pellets radioativos são implantados na próstata, liberando radiação diretamente no tumor. Podem ser adotadas baixas ou altas doses, com menos sessões.
Há também a radioterapia estereotáxica de corpo, que é uma técnica mais recente, e mais utilizada para tratar outros tumores – pescoço, gânglios linfáticos, coluna, pulmões, fígado, pescoço ou outros tecidos moles. Entrega doses altas em apenas 5 sessões, sendo eficaz para cânceres de risco intermediário.
Sua principal vantagem em relação à radioterapia externa é o tempo mais curto de tratamento, porém, pode apresentar efeitos colaterais piores.

Quando a radioterapia na próstata é indicada?
A radioterapia na próstata é indicada para:
- Câncer localizado: confinado à próstata, com sobrevida de 5 anos próxima de 100%;
- Câncer localmente avançado: espalhado para tecidos próximos, muitas vezes combinado com terapia hormonal;
- Recidiva bioquímica: após cirurgia de retirada da próstata ou radioterapia inicial, e o PSA volta a subir após tratamento cirúrgico;
- Câncer metastático: para alívio de sintomas, como dor óssea.
A escolha depende do risco (baixo, intermediário ou alto), PSA, pontuação de Gleason e saúde geral do paciente.
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Quais são os efeitos colaterais da radioterapia na próstata?
Os efeitos colaterais do tratamento podem incluir:
- Problemas urinários: frequência, urgência ou ardor ao urinar;
- Problemas intestinais: diarreia ou desconforto retal;
- Disfunção sexual: impotência ou ejaculação retrógrada;
- Fadiga: cansaço que melhora após o tratamento.
Essas reações são mais leves com técnicas como radioterapia externa guiada por ressonância, que reduz sintomas da radioterapia na próstata em comparação com métodos mais antigos.
A maioria dos efeitos da radioterapia na próstata é temporária, mas efeitos tardios, como fibrose uretral, ocorrem em menos de 5% dos casos.
Porém, vale o alerta que um paciente que tem algum tipo de doença inflamatória intestinal pode não ser candidato ao tratamento com radioterapia, porque podem piorar os sintomas.
Preparação e cuidados para a radioterapia
Converse com seu oncologista sobre como funciona a radioterapia na próstata e os cuidados necessários para passar pelo tratamento de forma mais tranquila.
Entre algumas medidas preventivas, o paciente pode evitar fumar, porque isso pode melhorar a eficácia do tratamento e reduzir reações da radioterapia.
Após o tratamento, é muito importante seguir as orientações médicas para gerenciar efeitos colaterais e monitorar sua recuperação.
Entenda mais sobre o câncer de próstata
O câncer de próstata ocorre quando células da próstata, uma glândula masculina que produz fluido seminal, crescem descontroladamente.
Essa glândula é a responsável por nutrir os espermatozoides, portanto, é essencial para a fertilidade.
Muitos casos de câncer na próstata são de crescimento lento, mas outros são bastante agressivos, causando sintomas como dificuldade para urinar, dor pélvica ou sangue na urina.
Se não for tratado, o câncer pode se espalhar para ossos, linfonodos ou outros órgãos, o que é denominado metástase. Geralmente, os linfonodos da região pélvica estão entre os locais comuns na disseminação do câncer de próstata.
A progressão metastática reduz significativamente a sobrevida, com taxas de 5 anos caindo para cerca de 30% em casos avançados.
Assim, um câncer não tratado aumenta o risco de complicações graves, como fraturas ósseas ou insuficiência orgânica, que vai reduzir a expectativa de vida.
Consulte-se com o Dr José Vetorazzo
A radioterapia na próstata é uma ferramenta poderosa para tratar o câncer de próstata, oferecendo controle eficaz com efeitos colaterais gerenciáveis.
Não tratar a doença pode levar a complicações graves, então discuta com seu médico se a radioterapia é adequada para você.
E se você precisa de um médico que tenha experiência, expertise e transmita muita confiança, consulte-se com o Dr. José Vetorazzo.
O Dr. José Vetorazzo é um urologista especializado em São Paulo, reconhecido por sua formação internacional e expertise no tratamento do câncer de próstata, oferecendo atendimento humanizado.

Formação Acadêmica e especializações
- Graduação: Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo;
- Residência Médica: Cirurgia Geral e Urologia pela Santa Casa de São Paulo;
- Fellowship: Uro-Oncologia e Cirurgia Minimamente Invasiva no Hospital Clínic da Universidade de Barcelona, Espanha;
- Certificação: Cirurgia Robótica pelo Intuitive Surgical – Da Vinci Surgical System.
Áreas de Atuação
- Urologia Geral: tratamento de condições como hiperplasia prostática benigna (HPB) e cálculos renais.
- Uro-Oncologia: abordagem clínica e cirúrgica de cânceres urológicos, incluindo próstata, rim e bexiga.
- Cirurgia robótica: especialista em procedimentos minimamente invasivos utilizando tecnologia robótica, proporcionando benefícios como menor tempo de recuperação e precisão cirúrgica.