A retirada da próstata, também conhecida como prostatectomia radical, é uma cirurgia de grande porte, frequentemente necessária para tratar condições graves da próstata, como o câncer.
Homens acima de 50 anos enfrentam um risco aumentado para essas condições, especialmente se tiverem um histórico familiar da doença.
Por isso, neste post, vamos mostrar que é essencial entender os detalhes envolvidos no processo cirúrgico, desde o preparo até a recuperação, além dos possíveis riscos.
Por que é necessária a retirada da próstata?
A principal razão para a retirada da próstata é o câncer de próstata. Quando o tumor é detectado em estágios iniciais, a prostatectomia radical pode ser curativa.
Situada entre a bexiga e o reto, e envolvendo a uretra, a próstata é uma glândula que tem a função de produzir um líquido que nutre e enriquece os espermatozoides.
Sabemos, portanto, que essa é uma glândula exclusiva dos homens, que está dividida em 4 principais áreas: central, transição, periférica e anterior.
Ela é essencial para a fertilidade masculina e tem o tamanho de uma castanha, quando o homem tem por volta dos 25 anos. Aliás, esse é o tamanho normal da próstata nesta idade.
No entanto, a partir dessa faixa etária, ela manifesta um crescimento contínuo, que é natural e benigno. Nestes casos, o homem pode desenvolver um quadro conhecido como hiperplasia benigna da próstata (HPB).
Mas, se a glândula começa a multiplicar células anormais, o resultado pode ser um tumor maligno, que deflagra o principal tipo de câncer que acomete os homens e com alto risco de mortalidade, caso não seja tratado.
Geralmente, essas células se multiplicam na zona periférica, que é a maior, constituindo 70% da glândula e que circunda a maior parte da zona central.
Tipos de cirurgia de retirada da próstata
“A prostatectomia radical pode ser realizada por abordagem aberta, laparoscópica ou robótica. Costuma ser uma cirurgia de grande porte e mais complexa, que retira totalmente a próstata e vesículas seminais.”
Durante a cirurgia da próstata, o paciente é colocado sob anestesia geral. O método cirúrgico escolhido dependerá da condição da próstata, saúde geral do paciente e a preferência do cirurgião.
A duração do procedimento pode variar, a depender da técnica escolhida e extensão do procedimento, mas geralmente leva em torno de 2 a 3 horas.
Veja mais detalhes dos procedimentos:
Prostatectomia aberta
Tradicionalmente realizada através de uma incisão no abdômen, esta cirurgia remove completamente a próstata e, frequentemente, os linfonodos vizinhos.
Essa abordagem mais invasiva, que apresenta mais riscos e um pós-operatório mais longo, é indicada para algumas condições específicas.
No entanto, as técnicas mais modernas, como a laparoscópica e robótica, têm sido preferidas e melhores para resultados e recuperação do paciente.
Prostatectomia robótica
Utiliza tecnologia robótica para uma abordagem menos invasiva, proporcionando precisão aumentada e menor tempo de recuperação.
No caso do câncer, essa abordagem pode resultar na remoção completa do câncer em cerca de 95% dos pacientes.
Este procedimento, realizado por cirurgiões especializados, utiliza tecnologia robótica para realizar a retirada cirúrgica da próstata de forma precisa e menos invasiva em comparação à prostatectomia aberta.
O Da Vinci Surgical System, o sistema robótico mais comum, consiste em braços robóticos equipados com instrumentos cirúrgicos altamente precisos e uma câmera que fornece ao cirurgião uma visão tridimensional e ampliada.
O médico realiza minúsculas incisões no corpo do paciente e manipula os braços robóticos, garantindo alta precisão.
Prostatectomia laparoscópica
Esse tipo de retirada total da próstata é um procedimento similar ao robótico, realizado pelos próprios cirurgiões, mas sem auxílio do robô. Requer pequenas incisões e instrumentos especializados para retirar a próstata.
É uma cirurgia que também oferece uma alternativa à prostatectomia radical aberta, com a vantagem de causar menos dor no pós-operatório, redução do tempo de hospitalização e recuperação do paciente mais acelerada.
Pré-operatório da retirada da próstata
O preparo para a retirada da próstata envolve avaliações de saúde completas, incluindo exames de sangue, avaliação cardíaca e, em alguns casos, exames de imagem para mapear a extensão do câncer.
Os pacientes podem precisar ajustar suas medicações, parar anticoagulantes e realizar jejum antes da cirurgia.
Sem dúvida, o urologista e a equipe de anestesia também fornecerão instruções detalhadas baseadas nas necessidades individuais.
Inclusive, antes da realização da cirurgia é importante que o paciente converse com o médico para conhecer os possíveis riscos e consequências das abordagens cirúrgicas.
Recuperação pós-operatória
Após a cirurgia, a recuperação inclui hospitalização por 1 ou mais dias. Além disso, o manejo da dor é uma prioridade, com medicamentos sendo administrados conforme necessário.
A retirada da sonda urinária ocorre em geral em torno de 7 dias após a cirurgia, mas esse período pode variar de acordo com a técnica utilizada ou preferência do cirurgião.
No caso da cirurgia aberta, a recuperação demora mais do que nas abordagens laparoscópica e robótica.
O acompanhamento médico incluirá visitas regulares para monitorar a recuperação e o PSA, que deve reduzir significativamente após a prostatectomia.
Retirada da próstata: consequências possíveis
Uma das perguntas mais comuns que os homens fazem nos consultórios médicos quando estão com câncer de próstata é se a retirada da próstata causa impotência.
E, realmente, as consequências da retirada da próstata podem incluir incontinência urinária e disfunção erétil.
Isso ocorre porque a glândula tem relação com nervos que estão ao seu redor e podem sofrer prejuízos no procedimento.
Entenda o que ocorre nestes casos:
Ereção
Uma possível disfunção erétil pode ocorrer porque nervos responsáveis pela ereção rodeiam a próstata.
Quando o cirurgião descola a glândula para retirá-la, pode retirar esses nervos junto ou até paralisá-los temporariamente. Esse efeito pode ser reversível ou irreversível.
Incontinência urinária
Na incontinência urinária, a explicação para eventuais problemas é que o cirurgião pode danificar ou remover o esfíncter interno da uretra, um músculo que ajuda a controlar o fluxo de urina, durante a retirada da próstata.
Além disso, o procedimento pode afetar o esfíncter externo, localizado mais abaixo e principal responsável pelo controle da urina.
Apesar dos riscos, as técnicas modernas, como a cirurgia robótica, reduziram significativamente esses efeitos colaterais para as funções eréteis e miccionais.
Porém, caso algum prejuízo ocorra, é importante ter o aconselhamento médico sobre os próximos passos, que poderão ser fisioterapia ou outros tipos de terapias para resolução do quadro.
Entenda mais neste vídeo:
Câncer de próstata é doença do envelhecimento
Estudos demonstraram que o câncer de próstata é uma doença própria do envelhecimento, pois é muito mais comum em homens a partir dos 65 anos.
O Inca (Instituto Nacional do Câncer) revela que homens a partir desta faixa etária representam cerca de 75% dos casos do mundo, porém, é necessário iniciar os cuidados com a saúde sexual masculina muito antes disso.
Portanto, é fundamental que os homens comecem a frequentar o urologista com regularidade a partir dos 50 anos ou 45 para aqueles com fatores de risco aumentado para desenvolvimento do câncer de próstata.
Nessas consultas, o médico poderá realizar o toque retal e solicitar o exame de PSA. Ambos são os próximos testes de rastreamento.
Dessa forma, caso seja detectada alguma anormalidade, o urologista vai solicitar uma ressonância magnética da próstata e, posteriormente, uma biópsia da glândula, para confirmar o diagnóstico.
Se você já atingiu essa idade ou se tem histórico familiar de doença de próstata, deve começar a realizar esses exames de rastreamento a partir dos 40 anos.
Cirurgia de retirada da próstata: consulte-se com o Dr. Vetorazzo
Saiba que optar pela retirada da próstata é uma decisão significativa que requer consideração cuidadosa e discussões detalhadas com seu urologista.
Compreender os tipos de cirurgia disponíveis, preparar-se adequadamente para o procedimento, e seguir rigorosamente as instruções de recuperação são essenciais para um resultado bem-sucedido e uma qualidade de vida satisfatória após a cirurgia.
A retirada da próstata é uma intervenção séria que pode ter efeitos a longo prazo, mas também pode ser uma medida de vida ou morte em casos de câncer.
Consequentemente, a escolha informada e o cuidado especializado são fundamentais para navegar por este processo complexo.
Neste caso, é imprescindível buscar um urologista de confiança e que tenha expertise nestes tratamentos. Para isso, consulte o Dr. José Vetorazzo.
Ele é um médico urologista com formação internacional, com ampla experiência nos tratamentos do câncer de próstata, o que inclui as variadas abordagens cirúrgicas.
Com mais de 10 anos de experiência, o Dr. Vetorazzo já fez milhares de atendimentos relacionados à saúde urológica, tanto para os tratamentos clínicos quanto para os cirúrgicos.
Além disso, o Dr. Vetorazzo possui certificação pela Intuitive Surgical para realizar cirurgias robóticas com a plataforma dos robôs Da Vinci (Da Vinci Surgical System).
Com esse sistema, está apto a tratar diversos problemas urológicos, alcançando precisão e eficácia extraordinárias.
