Você sabe o que é RTU de próstata? A ressecção transuretral da próstata, popularmente conhecida como raspagem da próstata, é uma cirurgia para tratar a hiperplasia prostática benigna (HPB), um aumento benigno da próstata que causa dificuldades urinárias.
A RTU remove o tecido prostático que bloqueia a uretra, sem cortes externos, sendo ideal para homens com sintomas moderados a graves.
Neste texto, leia mais sobre o que é RTU de próstata, vantagens e riscos, como é feito e pós-operatório.
Para que serve a RTU próstata?
A próstata é uma glândula que só existe no organismo masculino. É responsável por nutrir os espermatozoides, portanto, fundamental para a fertilidade.
Com o passar do tempo, principalmente após os 50 anos, o organismo masculino faz a próstata crescer naturalmente — e, quando esse crescimento se torna exagerado, os médicos o caracterizam como hiperplasia prostática benigna.
Essa condição traz uma série de sintomas desagradáveis relacionados ao comportamento miccional, como:
- Dificuldade para iniciar ou parar de urinar;
- Jato urinário fraco;
- Noctúria (urinar frequentemente à noite);
- Urgência urinária;
- Infecções urinárias recorrentes;
- Pedras na bexiga;
- Sangue na urina.
Dessa forma, é fundamental que os homens procurem tratamentos como a RTU da próstata.
Os médicos definem a RTU como um procedimento cirúrgico minimamente invasivo, que remove o tecido prostático obstrutivo da uretra. Durante muitos anos, eles consideraram essa técnica o padrão-ouro para o tratamento da HPB moderada a grave, devido à sua alta eficácia.
Serve para aliviar esses sintomas da HPB, como dificuldade para urinar, jato fraco ou infecções frequentes.
Os médicos indicam a cirurgia quando medicamentos, como alfa-bloqueadores ou inibidores da 5-alfa-redutase, não resolvem o problema ou quando há risco de complicações, como danos renais que podem afetar a qualidade de vida do homem.
A principal vantagem da raspagem da próstata é a melhora rápida dos sintomas e preservação da função sexual, com 80-90% de sucesso.
No entanto, há riscos como sangramento, infecção urinária e ejaculação retrógrada (sêmen indo para a bexiga).
Como é feita a RTU de próstata?
A cirurgia RTU da próstata é realizada sob anestesia geral ou raquidiana, dependendo da condição do paciente.
O médico usa um ressectoscópio, um instrumento tubular com câmera e alça de corte que é inserido pela uretra para alcançar a próstata, cortar e remover o tecido excedente.
Utilizando energia elétrica, o ressectoscópio remove o tecido prostático excedente em pequenos pedaços, aliviando a interferência.
A duração média é de 60 a 90 minutos, com internação de 1 a 3 dias. No pós-operatório da RTU, uma sonda vesical vai ajudar na recuperação, e a cicatrização é geralmente rápida.
O paciente fica com a sonda vesical por 2 dias em média dias para facilitar a saída da urina da bexiga e realizar lavagem evitando a formação de coágulos enquanto a uretra cicatriza.
Em casa, o paciente deve tomar bastante líquido, não levantar pesos por várias semanas, não dirigir por alguns dias e também tomar medicações para dor.
Caso apresente sintomas como febre, dificuldade para urinar, coágulos na urina e muita dor é preciso procurar o médico com urgência.
Benefícios da RTU próstata
O procedimento é bastante seguro e os vários benefícios da cirurgia de próstata (RTU) já foram bem documentados.
Segundo o estudo “Long-term results of transurethral resection of the próstata for sintomático benigno prostático hiperplasia”, do Journal of Urology, 80-90% dos pacientes experimentam melhora significativa nos sintomas urinários.
A essa modalidade de cirurgia de próstata é pouco invasiva, diminuindo o tempo de internação e a dor pós-operatória quando comparada com a prostatectomia aberta.
Além disso, preserva a função sexual na maioria dos casos, embora a ejaculação retrógrada, na qual o sêmen vai para a bexiga, ocorre em 50-70% dos pacientes, sem impactar a ereção, segundo o “British Journal of Urology International” .
A ejaculação retrógrada não afeta a saúde geral.

Desvantagens e riscos da RTU Próstata
Apesar dos benefícios, a raspagem tem riscos e prejuízos. As complicações da RTU incluem:
- Sangramento, com risco de transfusão em 2-5% dos casos;
- Infecção urinária em 5-10%;
- Retenção urinária pós-operatória, que pode exigir reintervenção.
A ejaculação retrógrada, já mencionada, afeta a fertilidade, mas não a função erétil.
Raramente, pode ocorrer incontinência urinária ou estreitamento da uretra devido à cicatrização, com taxas abaixo de 5%, conforme o “Journal of Endourology” (2019).
Comparação da RTU com o Rezum
Em janeiro de 2024, foi publicada no World Journal of Urology, a conclusão de uma pesquisa que realizou o comparativo de resultados de grupos semelhantes de pacientes com HPB grave, já com uso de sonda de forma ininterrupta, que fizeram a RTU de próstata ou o método Rezum.
O Rezum é uma técnica inovadora que utiliza vapor de água para promover a diminuição do tecido prostático. Essa técnica apresenta uma melhora mais significativa do alívio dos sintomas a partir de 4 semanas após o procedimento.
O estudo avaliou o fluxo urinário, esvaziamento da bexiga, sintomas e qualidade de vida após 1, 3, 6 e 12 meses dos procedimentos.
Embora a ressecção transuretral tenha sido o padrão-ouro no tratamento da hiperplasia prostática benigna, o Rezum se mostrou mais eficaz em alguns aspectos:
Principais resultados
- +90% dos pacientes de ambos os grupos deixaram de precisar da sonda após o procedimento;
- Rezum: procedimento mais rápido, menos sangramento e menor tempo de internação;
- RTU: melhora mais rápida do jato urinário, sintomas e qualidade de vida nos primeiros 3 meses;
- Após 6 a 12 meses, os resultados de ambos os grupos foram muito semelhantes.
Efeitos colaterais
- Ejaculação retrógrada:
- RTU: 82%
- Rezum: ~3,7%
- Estenose de uretra (estreitamento do canal urinário):
- RTU: 4 casos
- Rezum: 0 casos
Portanto, cada caso deve ser analisado por um especialista, e a decisão sobre qual método utilizar vai depender de fatores, como:
- Condições clínicas do paciente;
- Tamanho de próstata;
- Impacto que a HPB tem trazido para a qualidade de vida do paciente;
- Complexidade dos sintomas.
Cirurgia RTU da próstata: consulte-se com o Dr. José Vetorazzo
Concluindo, a RTU da próstata é uma opção eficaz para tratar HPB, com benefícios claros, mas também riscos que devem ser considerados.
Se você enfrentar problemas urinários, converse com seu urologista sobre a cirurgia para decidir se é o melhor caminho.
Entender o que significa RTU da próstata e seus prós e contras ajuda a tomar decisões informadas, garantindo sua saúde e bem-estar.
Então, se você quer se consultar com um médico que é especialista no tratamento das condições urinárias, procure o Dr. José Vetorazzo.
Ele é um médico urologista com formação internacional, com ampla experiência nos tratamentos do trato urinário.
O Dr. Vetorazzo oferece tratamento da próstata aumentada sempre humanizado e personalizado.
Com mais de 10 anos de experiência, o Dr. Vetorazzo já fez milhares de atendimentos relacionados à saúde urológica, tanto para os tratamentos clínicos quanto para os cirúrgicos, com ampla satisfação dos pacientes.
Além disso, é um profissional que está sempre atualizado em relação aos estudos e novas formas de tratamento para essas condições, sendo profissional credenciado em técnicas como o RTU de próstata, cirurgias a laser e o Rezum e a cirurgia robótica.

Formação acadêmica e especializações
- Graduação: Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo;
- Residência Médica: Cirurgia Geral e Urologia pela Santa Casa de São Paulo;
- Fellowship: Uro-Oncologia e Cirurgia Minimamente Invasiva no Hospital Clínic da Universidade de Barcelona, Espanha;
- Certificação: Cirurgia Robótica pelo Intuitive Surgical – Da Vinci Surgical System.
Áreas de Atuação
Cirurgia robótica: especialista em procedimentos minimamente invasivos utilizando tecnologia robótica, proporcionando benefícios como menor tempo de recuperação e precisão cirúrgica.
Urologia Geral: tratamento de condições como hiperplasia prostática benigna (HPB) e cálculos renais.
Uro-Oncologia: abordagem clínica e cirúrgica de cânceres urológicos, incluindo próstata, rim e bexiga.