HIFU, eletroporação e Echolaser são tratamentos em estudos que estão sendo considerados eficazes para tratar câncer de próstata localizado, com menos impacto na função sexual e urinária
Se o médico diagnosticou você com câncer de próstata, provavelmente está explorando opções de tratamento que equilibrem eficácia e qualidade de vida.
Os especialistas desenvolveram significativamente os tratamentos do câncer, criando alternativas seguras — especialmente quando detectam a doença precocemente.
Além de cirurgia e radioterapia tradicionais, entre as opções modernas, destacam-se as terapias focais e os procedimentos minimamente invasivos, como Hifu, eletroporação e Echolaser.
Essas tecnologias existem no Brasil, mas as principais sociedades de urologia do mundo ainda não recomendam oficialmente essas tecnologias.
No entanto, essas técnicas surgem como promissoras para pacientes que desejam preservar a qualidade de vida, evitar os efeitos colaterais mais severos de uma cirurgia tradicional e tratar áreas específicas da próstata comprometidas pelo tumor.
Neste artigo, explicamos como funcionam esses tratamentos, para quem os médicos os indicam, quais são os benefícios e em quais situações eles ainda recomendam abordagens mais tradicionais.
O que são terapias focais e procedimentos minimamente invasivos para câncer de próstata?
terapias focais e os procedimentos minimamente invasivos para câncer de próstata são métodos que tratam apenas a área da próstata afetada pelo câncer, sem extrair a glândula e deixar o máximo de tecido prostático saudável possível.
As terapias usam energia (ultrassom, eletricidade ou laser) para eliminar tumores, guiadas por imagens em tempo real.
As fontes de energia para terapia guiada por ressonância magnética incluem ultrassom focalizado de alta intensidade (Hifu), pulsos elétricos e ablação a laser.
Médicos brasileiros já têm acesso a esses tratamentos, mas ainda não os indicam no dia a dia dos consultórios porque ainda estão em protocolos de estudos.
Por isso, as terapias focais e os procedimentos minimamente invasivos para câncer de próstata só podem ser indicados quando existe uma avaliação bastante criteriosa dos prós e contras pelos médicos urologistas caso a caso.
A Sociedade Brasileira de Urologia continua apresentando a prostatectomia radical e a radioterapia como as abordagens oficiais para tratamento do câncer de próstata.
No entanto, pesquisadores já testam esses novos tratamentos para cânceres localizados, mas exigem biópsias precisas e ressonância magnética multiparamétrica.
Os pesquisadores destacam que esses tratamentos preservam as estruturas adjacentes, como os nervos responsáveis pela ereção e o esfíncter urinário, porque direcionam de forma mais seletiva a área tratada. Por isso, oferecem menor impacto relacionado à incontinência urinária e disfunção erétil.
A equipe médica geralmente realiza os procedimentos em 1 a 2 horas, de forma ambulatorial ou hospitalar (com estadia curta – 1 ou 2 noites).
Hifu (HIFU – Ultrassom Focalizado de Alta Intensidade)
A técnica Hifu utiliza ondas de ultrassom altamente focadas para aquecer e destruir as células cancerígenas da próstata, sem necessidade de cortes ou anestesia geral.
A equipe realiza o procedimento com o paciente sob anestesia geral ou raquidiana, e guiado por imagens de ressonância magnética ou ultrassom transretal.
Um transdutor é inserido pelo reto e emite ondas de calor concentradas, que atingem temperaturas acima de 80 °C, destruindo o tecido tumoral.
Estudos mostram alta taxa de controle tumoral em pacientes com câncer localizado. É comum o PSA diminuir rapidamente após essa técnica.
As estatísticas mostram que o HIFU controla o câncer localizado em 80-90% dos casos de baixo risco após 5 anos, com PSA reduzido e biópsias negativas em muitos pacientes. Os efeitos colaterais, como retenção urinária, são raros (2-17%).
Vantagens
- Não invasivo;
- Preserva estruturas próximas à próstata;
- Tempo de recuperação mais rápido;
- Pode ser repetido, se necessário.
Desvantagens
- Pode exigir múltiplas sessões para tumores maiores;
- Risco de recorrência se o câncer não for totalmente detectado;
- Menos eficaz para cânceres de alto risco.
Eletroporação irreversível
A eletroporação é uma técnica inovadora que utiliza pulsos elétricos para criar poros nas membranas das células tumorais, provocando a morte celular de forma precisa e sem gerar calor.
Durante o procedimento, o urologista insere finas agulhas de eletrodos na próstata, guiadas por ultrassom ou tomografia. Uma corrente elétrica controlada é aplicada entre essas agulhas, induzindo a destruição das células do câncer de forma segmentada.
Pode ser indicada para homens com câncer de próstata localizado, sem metástase, e que desejam preservar funções sexuais e urinárias.
Estudos mostram controle local em 77-92% dos casos, com PSA reduzido e biópsias negativas em até 90% dos pacientes após 6 meses. Efeitos colaterais, como infecções urinárias, são raros (2-5%).
Benefícios
- Preserva tecidos saudáveis;
- Evita lesões térmicas (sem queimaduras);
- Ótima opção para tumores localizados em áreas próximas a estruturas delicadas;
- Mínimo risco de incontinência e impotência.
Desvantagens
- Requer equipamentos especializados e médicos experientes;
- Dados de longo prazo ainda são limitados;
- Pode não tratar cânceres multifocais.
Echolaser (terapia termoablativa por laser)
A tecnologia Echolaser é um método minimamente invasivo que utiliza laser para destruir o tumor por meio de calor localizado. É guiada por ultrassonografia e ideal para lesões focais.
O médico insere uma microfibra óptica até o local do tumor e emite o feixe de laser diretamente na lesão, que gera calor suficiente para provocar a necrose do tecido doente. O procedimento é ambulatorial com sedação e anestesia local geralmente.
Os pacientes apresentaram efeitos colaterais mínimos após o tratamento, redução de PSA (7,9 para 3,7 ng/ml em 1 ano) e controle local em 78-90% dos casos de baixo risco.
Benefícios
- Alta precisão;
- Preservação da função prostática;
- Tempo de recuperação muito rápido (poucas horas);
- Mínimos efeitos colaterais.
Desvantagens
- Menos estudos disponíveis, sendo uma tecnologia mais nova;
- Disponibilidade limitada em centros especializados;
- Requer precisão técnica.
Quando essas terapias focais são indicadas?
Depois de avaliação criteriosa do urologista, esses procedimentos são indicados em casos selecionados de:
- Câncer de próstata de baixo ou intermediário risco;
- Tumores localizados, sem disseminação;
- Homens com bom estado geral de saúde;
- Pacientes que desejam evitar cirurgia radical.
O urologista responsável avaliará o histórico do paciente, a localização do tumor e o volume prostático para recomendar a melhor opção.
E quando essas terapias não são indicadas?
- Câncer agressivo ou metastático;
- Próstata muito grande, que dificulta o acesso por via transretal;
- Casos em que a doença compromete ambos os lobos da próstata;
- Pacientes que não podem ficar em posição adequada durante o procedimento.
Possíveis efeitos colaterais e cuidados com as terapias focais
As terapias focais, em geral, apresentam baixos índices de efeitos colaterais. No entanto, alguns sintomas leves podem surgir:
- Sangue na urina por alguns dias;
- Ardência ao urinar;
- Dor leve no períneo ou reto;
- Desconforto ao ejacular.
Esses sintomas tendem a desaparecer com o tempo. A recuperação completa costuma ocorrer em poucos dias.
Entendendo o câncer de próstata
Células da próstata crescem de forma descontrolada e dão origem ao câncer, que faz parte do sistema reprodutor masculino, e é responsável pela produção do líquido seminal.
É o segundo câncer mais comum em homens, com cerca de 1 em 8 diagnosticados ao longo da vida, segundo a American Cancer Society. No Brasil, também é um dos mais prevalentes entre os homens.
A doença pode evoluir de forma lenta e assintomática ou apresentar sintomas como:
- Dificuldade para urinar;
- Jato urinário fraco;
- Sangue na urina ou no sêmen;
- Dor na região pélvica;
- Vontade frequente de urinar, especialmente à noite.
Esses sinais também são comuns em outras condições, como a hiperplasia prostática benigna (HPB), mas quando o câncer está presente, a intervenção precoce é essencial para conter sua progressão.
Vale reforçar que as duas condições podem coexistir no organismo masculino.
Até um maior estudo e resultados das terapias focais, o câncer era tratado com:
- Vigilância ativa;
- Cirurgia radical (prostatectomia);
- Radioterapia externa;
- Braquiterapia;
- Bloqueio hormonal (hormonioterapia).
Os médicos ainda utilizam essas abordagens terapêuticas quando as técnicas minimamente invasivas não são viáveis e também apresentam excelentes resultados.
Cada uma tem suas indicações específicas e deve ser discutida com o urologista.
A importância da avaliação médica: consulte-se com o Dr. José Vetorazzo
As terapias focais e minimamente invasivas representam um avanço significativo no tratamento do câncer de próstata.
Métodos como Hifu, eletroporação e Echolaser oferecem excelentes resultados com menos impacto na qualidade de vida, preservando funções importantes como continência urinária e potência sexual.
Mas lembre-se: o sucesso do tratamento depende do diagnóstico precoce. Se você tem mais de 50 anos, faça seus exames preventivos, mantenha o acompanhamento com um urologista e, diante de um diagnóstico, busque orientação especializada.
Mesmo com tecnologias avançadas somente um urologista experiente poderá definir o melhor plano terapêutico.
O Dr. José Vetorazzo, especialista em urologia com ampla experiência em tratamentos para câncer de próstata, é referência na aplicação de terapias modernas e personalizadas para cada paciente.
Na clínica, o atendimento é humanizado, com equipamentos de ponta e acompanhamento contínuo.
Agende sua consulta com o Dr. José Vetorazzo e descubra as melhores opções de tratamento para o seu caso. Cuidar da saúde da próstata é um passo fundamental para viver com mais qualidade, segurança e bem-estar.
Formação Acadêmica e especializações
- Graduação: Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo;
- Residência Médica: Cirurgia Geral e Urologia pela Santa Casa de São Paulo;
- Fellowship: Uro-Oncologia e Cirurgia Minimamente Invasiva no Hospital Clínic da Universidade de Barcelona, Espanha;
- Certificação: Cirurgia Robótica pelo Intuitive Surgical – Da Vinci Surgical System.
Áreas de Atuação
- Urologia Geral: tratamento de condições como hiperplasia prostática benigna (HPB) e cálculos renais.
- Uro-Oncologia: abordagem clínica e cirúrgica de cânceres urológicos, incluindo próstata, rim e bexiga.
- Cirurgia robótica: especialista em procedimentos minimamente invasivos utilizando tecnologia robótica, proporcionando benefícios como menor tempo de recuperação e precisão cirúrgica.
