A cirurgia para hiperplasia benigna da próstata é um procedimento médico destinado a tratar o aumento da próstata, uma condição comum em homens a partir da meia-idade.
Esse problema urológico pode levar a sintomas desconfortáveis relacionados à micção, que prejudicam muito o bem-estar e a qualidade de vida dos homens.
Por essa razão, o tratamento é imprescindível, e passa por abordagens como medicações e/ou cirurgia.
Neste texto, entenda as possibilidades de tratamentos cirúrgicos para esse problema.
Cirurgia para hiperplasia benigna da próstata: como escolher?
A hiperplasia prostática benigna (HPB) leva a sintomas como fluxo urinário fraco ou intermitente, necessidade de urinar frequentemente, especialmente à noite, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga e, em casos mais graves, incapacidade de urinar.
Esses sintomas ocorrem porque a próstata ampliada comprime a uretra e bloqueia o fluxo de urina saindo da bexiga.
Existem diversos tipos de cirurgia para tratar a HBP, escolhidos com base em:
Cada um desses aspectos tem a sua parcela de importância para a escolha da técnica, porém, o tamanho da próstata tem muito peso na hora de decidir o tipo de cirurgia mais adequado (endoscópica ou robótica).
Por exemplo, próstatas maiores geralmente requerem cirurgia robótica, enquanto próstatas menores (até 80 gramas) podem ser tratadas com raspagem (RTU) ou Green Laser.
Por esse motivo, é muito importante escolher um médico especialista que auxilie o paciente a escolher a estratégia mais adequada para o seu caso.
Cirurgia para hiperplasia benigna da próstata: 5 opções
A verdade é que essas cirurgias têm como objetivo principal resolver os problemas urinários causados pela HPB, melhorando significativamente a qualidade de vida do paciente.
A escolha do tipo de cirurgia dependerá de vários fatores, incluindo a extensão do aumento prostático e a presença de outras condições médicas.
Alguns dos métodos cirúrgicos mais comuns incluem:
1 – Ressecção transuretral da próstata (RTU)
Por muitos anos, essa técnica foi considerada o padrão ouro para o tratamento cirúrgico da HBP devido à sua eficácia em aliviar os sintomas urinários e melhorar a qualidade de vida.
A RTU da próstata envolve a remoção de partes da próstata através da uretra usando um ressectoscópio. Este método pode aliviar os sintomas rapidamente.
Durante uma RTU da próstata, o paciente é colocado sob raquianestesia ou anestesia geral. O ressectoscópio é equipado com luz, câmera e uma alça de corte na ponta, que é utilizada para remover o tecido prostático excedente que está bloqueando o fluxo urinário.
Este tecido é cortado em pequenos fragmentos, que são então removidos e enviados para análise histológica. Como o procedimento é realizado através da uretra, não há incisões externas.
2 – Green laser
Essa é uma técnica minimamente invasiva, que não envolve cortes, porque é realizada de forma endoscópica, ou seja, é realizada através da uretra.
No procedimento, é utilizado um laser para vaporizar o tecido prostático obstrutivo.
É uma cirurgia que oferece uma recuperação mais rápida e menos perda de sangue.
Na tecnologia do Laser Green Light, o laser de alta potência vaporiza o tecido prostático aumentado. Isso resulta na desobstrução do canal urinário e melhora significativa dos sintomas urinários.
Durante a cirurgia, é introduzido um equipamento com uma câmera pela uretra, permitindo navegar até a região da próstata afetada.
Depois disso, uma fibra laser é usada para superaquecer e vaporizar o tecido prostático, o que amplia o canal urinário, facilitando a passagem da urina.
Veja mais neste vídeo:
3 – Rezum
Rezum é um método de tratamento pouco invasivo que emprega vapor de água para diminuir a próstata.
Este procedimento surge como uma alternativa menos agressiva em relação a métodos tradicionais como a ressecção transuretral da próstata (RTU), cirurgias a laser e remoções parciais da próstata.
Essa técnica pode ser realizada rapidamente em ambientes clínicos ou cirúrgicos apropriados, sem a necessidade de hospitalização prolongada.
Normalmente, os pacientes podem ir para casa dentro de 2 a 3 horas após a conclusão do procedimento.
Durante o tratamento, que na maioria dos casos é feito sob sedação e anestesia local no canal urinário, uma fina agulha é introduzida através da uretra até a próstata sob orientação de uma câmera (endoscópio). Então, injeções de vapor d’água são aplicadas no interior da próstata.
O calor do vapor diminui o tecido prostático em excesso, reduzindo o tamanho da glândula e aliviando a pressão na uretra, o que melhora ou elimina os sintomas de HPB.
O tratamento tem a vantagem de ser direcionado especificamente para a próstata, sem afetar estruturas vizinhas importantes para a função erétil e com altas taxas de preservação das ejaculações.
Estudos publicados em importantes revistas apontam que esse tratamento oferece importantes melhorias no fluxo urinário, baixa taxa de retratamento do quadro da HPB e preservação das funções sexuais.
4 – Cirurgia robótica
A cirurgia robótica para tratamento da próstata aumentada também representa uma opção moderna e eficiente.
Este método, conduzido por cirurgiões treinados, emprega avançados sistemas robóticos para executar a cirurgia de forma mais precisa e com menor invasividade que os métodos tradicionais.
É um procedimento que deve ser realizado em ambiente hospitalar, requer que o paciente permaneça internado por um ou dois dias, dependendo de como se recupera após a cirurgia.
Sob efeito de anestesia geral, o cirurgião realiza cortes pequenos no abdômen com o auxílio de braços robóticos, o que facilita a extração de partes da próstata e dos tecidos adjacentes de maneira extremamente precisa.
5 – HoLEP
A Enucleação da Próstata com Laser Holmium, mais conhecida pela sigla HoLEP, é um método pouco invasivo que emprega o laser de Holmium para remover o tecido prostático que está bloqueando a uretra.
Essa técnica é uma alternativa mais suave em relação à ressecção transuretral da próstata ou à cirurgia aberta.
No decorrer do procedimento, introduz-se um ressectoscópio via uretra até chegar à próstata. Acoplada a este, uma fibra laser libera energia que cuidadosamente descola o tecido da próstata do restante dos tecidos adjacentes.
Em seguida, esse tecido é quebrado em fragmentos menores e sugado para fora.
Um dos principais benefícios da HoLEP é sua capacidade de eficazmente tratar próstatas de todos os tamanhos, tornando-a uma solução amplamente aplicável.
Os pacientes beneficiam-se também de:
- Sangramento minimizado;
- Menores chances de complicações;
- Tempo de recuperação acelerado;
- Internação mais curta, quando comparados aos procedimentos convencionais.
Um diferencial notável da HoLEP é a possibilidade de enviar o tecido extraído para exame de biópsia, uma vantagem frente a outras técnicas a laser que evaporam o tecido, impossibilitando a análise posterior.
Devido à sua complexidade, a HoLEP exige médicos urologistas especialmente treinados na realização deste tipo de procedimento a laser. Aqueles que se submetem a essa técnica frequentemente reportam uma retomada mais veloz de suas rotinas habituais e uma notável melhora nos sintomas associados à HBP.
Riscos da cirurgia para HPB e outros aspectos
A próstata é uma glândula extremamente vascularizada, assim, todos os procedimentos podem causar sangramento, porém, nas técnicas minimamente invasivas, como um Green Laser, há uma incidência menor de sangramento.
Essa característica do Green Laser é especialmente importante para pacientes que tomam medicamentos anticoagulantes.
Com exceção do Rezum, todas as técnicas cirúrgicas discutidas podem afetar irreversivelmente a ejaculação em até 70-80% dos casos, isso significa que o paciente poderá ter uma redução drástica no volume do sêmen ejaculado ou até a eliminação total do líquido.
No entanto, não haverá prejuízo para a ereção ou para a sensação do orgasmo. Dessa forma, a decisão sobre qual cirurgia realizar deve considerar a importância desse fator para o paciente.
Outro ponto importante na cirurgia para hiperplasia benigna da próstata que o médico deve explicar ao paciente é o tempo de uso da sonda: o Green Laser permite um tempo de uso da sonda geralmente menor, o que pode ser preferível para alguns pacientes.
Cirurgias mais invasivas, como a robótica, podem requerer o uso da sonda por um período mais prolongado.
Conclusão
O tratamento da HPB deve sempre ser personalizado para cada paciente e a escolha do tipo de cirurgia dependerá de vários fatores, incluindo a extensão do aumento prostático e a presença de outras condições médicas.
Por essa razão, dentro dessa individualização, outro aspecto importante a considerar são os custos da cirurgia e se o tratamento escolhido é coberto ou não pelo convênio médico.
Então, se você precisa de uma cirurgia para hiperplasia benigna da próstata, conheça o Dr José Vetorazzo.
Ele é um médico urologista com formação internacional, com ampla experiência nos tratamentos do trato urinário, o que inclui a cirurgia robótica de próstata, cirurgias a laser e a técnica Rezum.
Com mais de 10 anos de experiência, o Dr. Vetorazzo já fez milhares de atendimentos relacionados à saúde urológica, tanto para os tratamentos clínicos quanto para os cirúrgicos, e todos são testemunhas de satisfação com os resultados. Além disso, o tratamento é sempre individualizado e humanizado.