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Hiperplasia prostática: tudo que você deve saber

Imagem generativa de homem com a mão sobre a pelve devido aos desconfortos da hiperplasia prostática

À medida que os homens envelhecem, enfrentam diversas mudanças em sua saúde, e uma condição comum que merece atenção especial é a hiperplasia prostática benigna (HPB).

Você sabia que a HPB é popularmente conhecida como aumento da próstata?

Esta condição afeta significativamente a qualidade de vida, mas, com o conhecimento e os cuidados adequados, é possível gerenciá-la efetivamente.

Por isso, é importante que você conheça o que é essa doença, quais os sintomas e como tratar essa condição, que exige atenção médica especializada. 

Então, se quer saber mais sobre esse assunto, neste texto, vamos apresentar um raio-X dessa doença urológica que acomete principalmente homens acima dos 50 anos.

O que é hiperplasia prostática benigna?

Você já sabe que a HPB é provocada pelo aumento da próstata, mas também sabe o que faz essa glândula?

A próstata é uma glândula do tamanho de uma noz, localizada abaixo da bexiga e em frente ao reto nos homens, envolvendo a parte superior da uretra, que é o canal que transporta a urina e o sêmen para fora do corpo através do pênis. 

Essa glândula está dividida em 4 áreas: central, transição, periférica e anterior.

A função principal desta glândula é produzir e secretar um fluido que constitui parte do sêmen, sendo essencial para a fertilidade.

No início da fase adulta, essa glândula tem um peso de cerca de 20 gramas, mas apresenta um crescimento progressivo e contínuo após os 30 anos.

Esse aumento pode pressionar a uretra, causando sintomas urinários incômodos, porém, não representa uma malignidade. 

É muito importante que você sabia que a próstata aumentada não vai levar ao câncer de próstata, porém, as duas condições podem coexistir no organismo do homem, e exigem tratamento.

Causas da hiperplasia prostática

“Se você é um homem que tem mais de 45/50 anos, muito provavelmente a sua próstata
já cresceu um pouco”

Dr. José Vetorazzo

Tendo isso em mente, entenda que o risco de HPB aumenta significativamente com o envelhecimento.

A condição é rara em homens com menos de 40 anos, mas sua prevalência aumenta consideravelmente após os 50 anos e continua subindo com o passar dos anos. 

Por exemplo, dos 51 aos 60 anos, cerca de 50% já sofrem com o problema, e aos 85, cerca de 90% dos homens portam essa condição.

Sendo assim, a maioria dos homens apresentará algum grau de aumento da próstata se viverem até uma idade avançada.

Mas outros fatores de risco também podem resultar na HPB, como alterações  hormonais, que também podem ser resultado do avanço da idade. 

Por exemplo, a ação da diidrotestosterona (DHT) tem um papel conhecido no crescimento da próstata. Os níveis de DHT tendem a aumentar com a idade, e essa substância parece estimular o crescimento das células da próstata.

Além disso, diversos fatores genéticos e ambientais, além do estilo de vida, também podem tornar um homem mais suscetível a desenvolver a HPB, como:

  • histórico familiar de HPB;
  • Obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Diabetes, etc.

Dessa forma, considerando que a doença está relacionada ao envelhecimento, é necessário realizar consultas e exames periódicos com um urologista.

Tenha consciência que uma próstata aumentada sem tratamento  pode levar a muitos desconfortos e até a condições graves, como a retenção urinária, que trava o canal urinário e causa danos renais. 

Sintomas de hiperplasia benigna da próstata

Esses sintomas da próstata aumentada ocorrem devido à pressão que a glândula ampliada exerce sobre a uretra e a bexiga, afetando o processo normal de micção.

Os sintomas variam de homem para homem, e nem sempre é necessário que o paciente apresente todos de uma vez para que o urologista desconfie do crescimento da próstata. 

Os 10 mais comuns incluem:

Infografico com os sintomas da hiperplasia prostática, que são:

Demora para iniciar a micção

Muitas vezes, o homem chega ao banheiro e a urina não sai, ficando esperando por muito tempo.

Necessidade de fazer força para urinar

Como a urina demora, ele precisa contrair a musculatura abdominal para ajudar no processo.

Jato de urina fraco

Com muita frequência, homens que estão com a próstata aumentada percebem que o jato ficou mais fraco e mais fino em relação a outros períodos da vida.

Sensação de bexiga não completamente esvaziada

Pode-se sentir que a bexiga ainda não está vazia, mesmo terminando de urinar, fica a sensação que a bexiga não esvaziou bem.

Noctúria

Acordar à noite várias vezes para ir ao banheiro,  que é conhecido como noctúria, pode ser um sintoma da próstata aumentada. Assim, os homens não dormem bem e já acordam cansados, o que prejudica muito a qualidade de vida. 

Aumento da frequência urinária durante o dia

Além disso, os homens com hiperplasia prostática também não conseguem segurar a urina por muito tempo durante o dia, e precisam parar o que estão fazendo frequentemente para urinar.

Urgência urinária

Homens com a próstata aumentada também sentem que a vontade de urinar vem de repente e não conseguem segurar, provocando até uma incontinência urinária.

Infecções urinárias recorrentes

A infecção urinária não é comum em homens, assim, sempre que um homem acima de 45 anos surge com esse quadro, é válido investigar o aumento da próstata.

As infecções ocorrem quando há HPB porque a urina presa na bexiga por muito tempo aumenta o risco desse quadro infeccioso.

Presença de sangue na urina

Quando o homem urina com sangue pode ser muito assustador, e esse  é  um sinal de alerta que necessita de avaliação médica.

Um dos motivos para isso acontecer é a hiperplasia prostática benigna, mas também pode ser sinal de outras causas mais graves.

Formação de pedras na bexiga

Especialmente quando o homem está na faixa acima dos 40 anos, quando existem pedras na bexiga, provavelmente esse homem apresenta algum problema de micção, que poderá ser resultante de uma próstata aumentada.

Neste caso, o fluxo de urina fica tão devagar que os sais presentes no órgão se agrupam e formam uma ou mais pedras, que podem trazer diversas consequências à saúde masculina.

Veja esse vídeos sobre os sintomas de quem tem próstata aumentada:

Diagnóstico da hiperplasia prostática

O diagnóstico da HPB começa com uma visita ao urologista, que realizará uma série de exames, incluindo:

  • Exame de toque retal;
  • Exames de sangue (como o PSA, para descartar câncer de próstata);
  • Exames complementares, como por exemplo, ultrassom da próstata e exames de avaliação do fluxo urinário. 

Conheça mais sobre os exames para investigação desse quadro.

  • Histórico médico: o urologista fará perguntas detalhadas sobre os sintomas urinários e o histórico de saúde;
  • Exame de toque retal: o médico examina digitalmente a próstata e avalia seu tamanho e consistência. Este exame pode indicar a presença de HBP ou outros problemas prostáticos;
  • Urinálise: pode detectar infecções, sangue ou outros problemas que podem causar sintomas semelhantes aos da HBP;
  • Urocultura: se suspeitar de infecção urinária, pode-se realizar uma urocultura para identificar bactérias específicas;
  • Antígeno Específico da Próstata (PSA): o nível de PSA no sangue pode ser elevado na HBP, mas também em casos de prostatite (inflamação da próstata) e câncer de próstata. Este exame ajuda na diferenciação dessas condições;
  • Fluxometria: mede a velocidade e volume do fluxo urinário, ajudando a avaliar o grau de obstrução urinária;
  • Resíduo pós-miccional: mede a quantidade de urina que permanece na bexiga após a micção, indicando a eficácia do esvaziamento da bexiga; 
  • Ultrassonografia transabdominal: pode ser usada para avaliar alterações na bexiga, medir  o volume  da próstata, e avaliar o resíduo urinário pós-miccional;
  • Ultrassonografia transretal: oferece uma imagem mais detalhada da próstata, sendo útil para avaliar o tamanho da próstata e para guiar biópsias, se necessário.

Outros exames importantes para diagnosticar hiperplasia prostática

Em alguns casos, podem ser necessários exames adicionais para avaliar a função renal, ou realizar uma avaliação mais detalhada do trato urinário, como a cistoscopia.

Cada um desses exames fornece informações valiosas que ajudam o médico a determinar a melhor abordagem de tratamento para a HBP, considerando a saúde geral do paciente e a gravidade dos sintomas.

Tratamentos para hiperplasia benigna da próstata

Quanto ao tratamento, as opções variam de acordo com a gravidade dos sintomas e o impacto na qualidade de vida. 

Para casos leves, mudanças no estilo de vida e medicação podem ser suficientes para aliviar os sintomas. 

Em situações mais graves, procedimentos minimamente invasivos ou cirurgia (como a ressecção transuretral da próstata – RTUP) podem ser recomendados.

Conheça mais sobre os tratamentos:

Medicamento para hiperplasia benigna da próstata 

Geralmente, entre os medicamentos indicados para tratar essa condição estão os bloqueadores alfa, que promovem o relaxamento dos músculos da próstata, para reduzir a pressão na uretra.

Já outros diminuem a produção do DHT, como os inibidores das 5-Alfa redutase, para diminuir ou retardar o crescimento da próstata. 

Além disso, em alguns casos, o urologista pode optar por uma terapia combinada de dois medicamentos.

Ressecção Transuretral da Próstata (RTU)

Historicamente, a RTU tem sido a escolha preferencial para o tratamento cirúrgico da hiperplasia prostática benigna (HPB) devido à sua capacidade comprovada de mitigar sintomas relacionados à micção e aprimorar o bem-estar do paciente. 

Nesse procedimento, a remoção de tecido prostático obstrutivo é realizada através da uretra, utilizando um instrumento chamado ressectoscópio. Essa técnica permite uma recuperação dos sintomas de maneira rápida. 

Durante o procedimento, o paciente recebe anestesia para que o especialista possa acessar e remover o excesso de tecido prostático, evitando cortes externos.

Vaporização com Laser Verde (Green Laser)

Este método utiliza um procedimento endoscópico, sem necessidade de cortes, onde um laser é empregado para eliminar o tecido da próstata que causa obstrução. 

Tal abordagem é conhecida por permitir uma recuperação acelerada e reduzir o risco de sangramentos. 

Assim, com a utilização de um laser de alta potência, o tecido prostático é vaporizado, liberando o fluxo urinário e melhorando significativamente os sintomas associados à HPB. 

A cirurgia é realizada inserindo-se um dispositivo com câmera pela uretra até alcançar a próstata, onde uma fibra laser superaquece e evapora o tecido excedente.


HoLEP – Enucleação da Próstata com Laser

HoLEP, que significa Enucleação da Próstata com Laser Holmium, é um procedimento minimamente invasivo utilizado no tratamento da HBP. 

Esse método utiliza a energia do laser de Holmium para remover tecido prostático que obstrui a uretra, sendo uma alternativa eficiente às técnicas mais invasivas, como a ressecção transuretral da próstata (RTU) ou a prostatectomia aberta.

Durante o procedimento, um instrumento chamado ressectoscópio é inserido pela uretra até a próstata. Uma fibra laser acoplada ao ressectoscópio emite energia que separa cuidadosamente o tecido prostático da cápsula prostática.

Assim, o tecido enucleado é então fragmentado e aspirado para fora do corpo.

Um dos pontos principais entre as principais vantagens da HoLEP é a sua eficácia em tratar próstatas de qualquer tamanho, o que a torna uma opção versátil. 

Além disso, oferece outros benefícios significativos, como menor perda de sangue, riscos reduzidos de complicações, uma recuperação mais rápida e uma estadia hospitalar mais curta comparada aos métodos tradicionais.

Outro ponto positivo é que o procedimento HoLEP permite que o tecido removido seja enviado para biópsia, o que pode ser uma vantagem sobre alguns outros procedimentos a laser que vaporizam o tecido e não deixam amostra para análise patológica.

HoLEP é uma técnica avançada e, como tal, requer cirurgiões urologistas com treinamento específico nesse tipo de procedimento a laser. 

Pacientes submetidos a essa abordagem podem ter um retorno mais rápido às suas atividades normais e geralmente experimentam melhoria significativa nos sintomas da HBP.

Rezum

Esse procedimento médico para hiperplasia benigna da próstata representa uma alternativa minimamente invasiva que usa vapor de água para reduzir o tamanho da glândula. 

Comparativamente menos agressivo que a RTU e outros procedimentos a laser ou cirúrgicos, o Rezum pode ser executado rapidamente em ambientes clínicos ou cirúrgicos adequados.

Esse procedimento apresenta uma alta taxa de pacientes retornando para casa poucas horas após o procedimento.

A técnica envolve a introdução de uma agulha fina através da uretra até a próstata, guiada por câmera, e a aplicação de injeções de vapor d’água, que ao aquecer, diminui o tecido prostático. 

Esse procedimento tem como vantagem a preservação das funções sexuais, sendo uma opção direcionada que minimiza impactos em tecidos adjacentes.

Arte de ebook sobre o procedimento Rezum

Cirurgia robótica

Essa cirurgia para hiperplasia benigna da próstata surge como uma metodologia avançada e eficaz para o tratamento da próstata aumentada, permitindo uma precisão cirúrgica elevada através do uso de sistemas robóticos. 

Essa técnica minimamente invasiva, que necessita de internação hospitalar breve, é realizada com pequenos cortes abdominais assistidos por braços robóticos, possibilitando a remoção precisa da próstata ou de partes dela.

Leia mais sobre:

Cirurgia robótica

Prostatectomia parcial aberta

Indicada para casos de próstatas significativamente aumentadas, essa técnica cirúrgica aberta envolve uma incisão no abdômen para acessar e remover o tecido prostático. 

Apesar de ser uma opção eficaz, o método tem um período de recuperação mais extenso e um risco elevado de complicações, o que tem levado a uma preferência por técnicas mais modernas e menos invasivas.

Prevenção e cuidados com a saúde masculina

Embora não seja possível prevenir a HPB, adotar um estilo de vida saudável pode ajudar a gerenciar os sintomas. 

Isso inclui manter um peso saudável, praticar exercícios regularmente, evitar líquidos antes de dormir para reduzir a noctúria e limitar o consumo de álcool e cafeína, que podem irritar a bexiga.

Dr José Vetorazzo é especialista em condições da próstata

A hiperplasia prostática benigna é uma condição desconfortável, mas manejável. Então, homens acima de 50 anos devem estar atentos aos sintomas e procurar avaliação médica precoce. 

Como foi pode ser visto, com o diagnóstico correto e o tratamento adequado, é possível manter uma boa qualidade de vida e minimizar o impacto no dia a dia.

Lembre-se: cuidar da sua saúde prostática é um investimento na sua saúde geral e bem-estar!

Dr. José Vetorazzo

Outro ponto importante é que o tratamento da HPB deve sempre ser personalizado para cada paciente e a escolha do tipo de cirurgia dependerá de vários fatores, incluindo a extensão do aumento prostático e a presença de outras condições médicas. 

Dentro dessa individualização, outro aspecto importante que você deve considerar são os custos da cirurgia e se o tratamento escolhido é coberto ou não pelo convênio médico.

Então, se você está precisando de uma cirurgia para hiperplasia benigna da próstata , conheça o Dr José Vetorazzo. Ele é um médico urologista com formação internacional, com ampla experiência nos tratamentos do trato urinário, o que inclui a cirurgia robótica de próstata, cirurgias a laser e a técnica Rezum.

Com mais de 10 anos de experiência, o Dr. Vetorazzo já fez milhares de atendimentos relacionados à saúde urológica, tanto para os tratamentos clínicos quanto para os cirúrgicos, e todos são testemunhas de satisfação com os resultados. Além disso, o tratamento é sempre individualizado e humanizado.

Tirinha para agendamento de consultas com imagem do Dr Vetorazzo

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